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Eu enfrento a vida com as mãos cheias de flores,não uso armas,apenas o amor...
( Valquiria Cordeiro )

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Guerreiro sem obstáculos


Saiu preparado para a guerra que começou no dia em que nasceu e sobrevive até nos dias de hoje, no campo de batalha mais um dia luta e com todas as suas forças e enquanto o sangue ferve esta sempre á frente esperando o adversário com garra e a disciplina que o fez um soldado, no entanto mesmo sentindo –se cansado e frágil, por vezes ainda luta e enfrente o ápice em nome de amigos e familiares, e na corda bamba em que pisa todo guerreiro ele tem se saído muito bem, não por ser o melhor, mas por ter fé, por confiar e acreditar em Deus, que tem lhe abençoado em cada momento.
Ecoa o sinal de parada, mas ele fica ali, tentando lembrar-se do caminho de casa, até que avista de muito longe um jardim e temeroso se questiona se conseguiria chegar lá...E sobe morro acima trocando as pernas com a visão já turva, afinal o cansaço físico e mental nesse momento o reveste como ama armadura , chegando á beira do pequeno e fascinante paraíso ele se joga a beira do canteiro de margaridas e por incrível que pareça alguém deve ter passado por ali, e esquecido uma cesta com comida e água e nesse deleite ele come e bebe o inesperado e se volta para contemplação das margaridas que de tão alvas, parecem serem curativas para o seu cansaço e porque não dizer da sua imensurável dor.Então, o guerreiro adormece na companhia da brisa suave que soa como uma canção inusitada transformando o balançar das margaridas num balé comovente e relaxador.
E logo começa a brotar estrelas no céu infinito e a lua com sua grandeza e suntuosidade chega e clareia a face daquele homem que agora dorme o seu sono profundo numa posição quase uterina,
e com uma feição de descanso e do dever cumprido , parece que sorri enquanto dorme, talvez esteja a sonhar com a paisagem...O outro dia amanhece, e o guerreiro esta novamente no alvo na guerra,
as margaridas desapareceram e em seus lugares, brotaram espinhos , espadas, leões, homens maus,
junto a desafios que parecem não terem fim, uma verdadeira guerra que parece não ter nove e nem data para terminar, e o sopro de vida que esta dentro desse homem começa novamente a lutar como
o bravo guerreiro que sempre foi, como o sentinela que nunca cochila, como o chefe que nunca foge
as suas responsabilidades, que parecem serem escritas no livro da vida por alguém que quer fazer dele um lutador indomável, que não teme a mau algum e nem aos maus que ele mesmo pode cometer consigo, e o dia se estende numa temeridade sem fim, sem fuga e sem restrições...
Quando vê a noite vem, mas cadê o campo de margaridas?Logo hoje ele não apareceu e em seu lugar um mar de lamas surgiu, lamas com mal cheiro, lamas que o fizeram refletir o porque de tudo aquilo, de todas essas controvérsias...é tão diferente a calmaria de um jardim, a um mar de lamas.
Porque isso esta acontecendo, por acaso ele não batalhou como no dia anterior?
Ou talvez ele batalhou, com menos esperança, não sei explicar, mas talvez ele o saiba ou o próprio leitor se encarregue disso.

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