Na rua sem número.
Mora o seu José,
Plantador de flores...
Logo cedo lá vem ele,
Cheio de arranjos,
Para enfeitar a vida,
De muitos amores.
Sempre triste e cabisbaixo,
Então eu fico pensando...
Deveria ele ser feliz,
Deveria ele estar amando...
Afinal ele planta flores,
Não deveria ele colher desamores.
Quando percebo vindo,
Corro olhar seus traços,
Nunca o vi sorrindo...
Sempre melancólico,
Enfeitado pelas flores,
Mas melancólico como,
Se a vida o houvesse privado,
De todos os amores.
(Valquíria Cordeiro)
25/08/2008
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