A solidão também é companheira.

Em muitas vezes é preciso estar só...
E quem nos ama de verdade, entende.
E fica do lado, para não dar um nó,
Naquilo que ele ainda não compreende.

A solidão, por vezes, é tão necessária,
Ela é aquela amiga, meio torta...E fiel!
Sempre calada, fica na represaria...
Entre o vinho doce e o amargo fel.

Porque, esta próxima mais é tão vazia...
Finge que não participa, mas acalma.
E mesmo sendo, invisível, e tão fria,
Por vezes, com a reflexão nos salva...

E se o acalanto, não vem nessa hora,
É porque temos medo de nos mesmos.
Medo de se entregar, nesse agora...

Porque não confiamos, dentro e fora,
Do corpo que vestimos, e da alma...
É que, alma fica...Já o corpo vai embora.

Quem não consegue, estar com a solidão,
Tem medo do que vai, no seu mundo/coração.
Por isso, por vezes se desespera e chora.